terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Happy New Year

Bom dia minha gente linda!
Bem sei que tenho andado ausente... 
Acontece que os últimos meses não têm sido os mais simpáticos para mim.
Com a chegada do novo ano, resta-me arregaçar as mangas, recuperar as energias e lutar por tudo aquilo que realmente me completa e me faz feliz. 

Desejo que todos vocês tenham um 2014 em cheio, repleto de tudo aquilo que vos mete um sorriso no rosto!

Este cantinho não será esquecido.
Entretanto tenho uma novidade para vos contar. Tenho um novo refúgio! Desta vez no facebook.
Ainda é um bebé, mas em breve estará bem crescido, com textos e fotos minhas, e não só...
É um espaço diferente, e vocês vão perceber. Daí a necessidade de manter também o blog. 

***

E há momentos assim...

Momentos em que me sinto a transbordar, como um poço de Paixões.

Paixões por pequenos gestos e Paixões por grandes momentos.
Paixões intermitentes pelo que se mostra efémero e Paixões eternas pelo que é genuíno.

Paixão contínua pela vida.

Um 2014 apaixonante para todos!



  

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013


"Comecei a amar-te no dia em que te abandonei.

Foram as palavras dele quando, dez anos depois, a encontrou por mero acaso no café. Ela sorriu, disse-lhe “olá, amo-te” mas os lábios só disseram “olá, está tudo bem?”. Ficaram horas a conversar, até que ele, nestas coisas era sempre ele a perder a vergonha por mais vergonha que tivesse naquilo que tinha feito (como é que fui deixar-te? como fui tão imbecil ao ponto de não perceber que estava em ti tudo o que queria?), lhe disse com toda a naturalidade do mundo que queria levá-la para a cama. Ela primeiro pensou em esbofeteá-lo e depois amá-lo a tarde toda e a noite toda, de seguida pensou em fugir dali e depois amá-lo a tarde toda e a noite toda, e finalmente resolveu não dizer nada e, lentamente, a esconder as lágrimas por dentro dos olhos, abandonou-o da mesma maneira que ele a abandonara uma década antes. Não era uma vingança nem sequer um castigo – apenas percebeu que estava tão perdida dentro do que sentia que tinha de ir para longe dali para ir para dentro de si. Pensou que provavelmente foi isso o que lhe aconteceu naquele dia longínquo em que a deixara, sozinha e esparramada de dor, no chão, para nunca mais voltar.

De tudo o que amo és tu o que mais me apaixona.

Foram as palavras dela, poucos minutos depois, quando ele, teimoso, a seguiu até ao fundo da rua em hora de ponta. Estavam frente a frente, toda a gente a passar sem perceber que ali se decidia o futuro do mundo. Ele disse: “casei-me com outra para te poder amar em paz”. Ela disse: “casei-me com outro para que houvesse um ruído que te calasse em mim”. Na verdade nem um nem outro disseram nada disso porque nem um nem outro eram poetas. Mas o que as palavras de um (“amo-te como um louco”) e as palavras de outro (“amo-te como uma louca”) disseram foi isso mesmo. A rua parou, então, diante do abraço deles."


in "O Livro dos Loucos"







terça-feira, 10 de dezembro de 2013

e eu vou...

Vai menina, fecha os olhos

Solta os cabelos,

Joga a vida. 

Como quem não tem o que perder.
Como quem não aposta.

Como quem brinca somente.

Caio Fernando Abreu